A morte de Karl
Lagerfeld ocorreu em 19 de Fevereiro de 2019 e foi título em toda a comunicação
social. O excêntrico idoso foi referido como alguém que deu um contributo
importante para a sociedade.
Como é possível que um
louco que não acrescentou nada à humanidade possa ser alvo de tão magnânimo
tratamento?
Os seus objectivos de
vida estão bem expressos nas suas últimas vontades: ser cremado e as cinzas
juntas aos restos mortais da mãe e da gata, se esta morresse antes dele, caso
contrário, como aconteceu, a bichana foi herdeira de uma boa parte da sua
imensa fortuna. Como é possível que pessoas supostamente racionais idolatrem um
louco destes?
O ar de superioridade
veio-lhe provavelmente da fortuna de família acumulada durante a I Guerra
Mundial pela colaboração com os boches. A Alemanha perdeu a guerra, mas muitos
dos seus aliados enriqueceram.
Consultando a
biografia do defunto, não descortinamos benefícios para a humanidade, mas
apenas escândalos, mentiras e mais escândalos.
Ele foi um louco,
certamente, e loucos foram os meios de comunicação social que o ajudaram a
chegar onde chegou e os milionários que pagaram exorbitantemente algumas peças
que ele desenhou.
Quanto às relações
interpessoais de Lagerfeld, elas espelham a solidão da infância que permaneceu
ao longo da vida.
Lagerfeld chegou a
manifestar o desejo de casar com a sua gata de estimação, se a lei autorizasse
essa ligação. Entendemos então que a sua loucura derivou, ao menos em parte da
solidão a que se votou ou que foi votado, que o traumatizou na infância ainda e
da qual não foi nunca capaz de se libertar, necessitando de escandalizar para
chamar as atenções. E as gentes burras acabaram dando-lhe atenção e enchendo-o
de dinheiro, dinheiro que vai fazer as delícias da gata que lhe sobreviveu.
Deus tenha
misericórdia da sua alma.
Orlando de Carvalho