terça-feira, 23 de julho de 2019

São Joaquim e Santa Ana em Loures


São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria e avós de Jesus são celebrados pela Igreja desde os primeiros séculos do cristianismo.
O Papa Leão XIII e o Papa Paulo VI determinaram a data de 26 de Julho para comemoração deste casal em toda a Igreja.
Em Loures, a devoção aos avós de Jesus é antiquíssima.
A feira anual que realizava-se no Alto das Alvogas, desde a erecção da Ermida de São Joaquim e Santa Ana, em 1628, em honra deste venerável casal. Era o feriado municipal de Loures e o maior dia de festa e mercado nesta localidade.
O feriado municipal de Loures tem a ver exclusivamente com este facto, embora outros se lhe possam acrescentar no sentido de o enriquecer.

É falso, portanto, afirmar que o feriado municipal, 26 de Julho, é para assinalar a criação do município nesta data, uma vez que é o inverso que acontece.
Recentemente também já lemos que 26 de Julho é o dia municipal do trabalhador.
Convém não nos desviarmos da realidade histórica, mesmo que para alguns possa ser incómoda.
Porque se trata dos avós de Jesus, este dia é também dedicado a todos os avós em geral.
Na paróquia de Loures é habitual celebrar missa por intenção especial dos avós e em louvor dos pais de Nossa Senhora na Igreja de Guerreiros precisamente por ser dedicada a São Joaquim.

São Joaquim e Santa Ana, rogai pelos fiéis da Paróquia de Loures
São Joaquim e Santa Ana, rogai pelos munícipes de Loures
São Joaquim e Santa Ana, rogai pelos fregueses de Loures
São Joaquim e Santa Ana, rogai por nós.
Ámen.

Orlando de Carvalho

sábado, 20 de julho de 2019

Sabia que come disto?


A Judite usa em culinária tintura de iodo, Betadine e soluções idênticas de outras marcas comerciais.
A família e as amigas estranham muito esta atitude da Judite, mas ela responde com prontidão a todos. Pega num pedaço de papel absorvente branco e deita em cima uma gota de tintura de iodo ou outro daqueles produtos. O efeito é lindo porque à medida que o soluto é absorvido, ficam desenhados no papel raios amarelos, laranjas, cor de fogo.
Judite explica que é precisamente o que se passa quando cozinha. Aplica uma gota de tintura de iodo ou de Betadine e os seus preparados ficam muito mais bonitos, bem coloridos.
As amigas encolhem os ombros como que a chamar-lhe maluca. Mas Judite defende-se de modo inabalável acompanhando as amigas a casa delas ou ao supermercado onde elas identificam produtos alimentares diversos que consomem directamente ou na cozinha. Depois examinam alguns rótulos e muitos referem na composição a expressão E127.
Judite interroga-as, mas ninguém sabe o que aquilo é.
Cheia de satisfação, Judite toma um ar doutoral e explica que E127 é um nome pomposo para a ERITROSINA, cuja fórmula química é C20H6I4Na2O5. Quer dizer que contém carbono, hidrogénio, sódio, oxigénio e IODO. É o iodo que dá cor a muitos dos alimentos que se consomem.
Quer continuar a consumir uma coisa muito semelhante, demasiado semelhante a estes desinfectantes, então continue a consumir alimentos com E127.
Sabe se a linda cor dos bolos que compra na pastelaria também não terão um cheirinho a E127?

Na foto: um soluto de iodo em algodão e papel absorvente. Vai uma prova?

Orlando de Carvalho

Virgens, pedófilas e meretrizes


“Desculpem a expressão, mas sou do Alto Minho, uma terra onde não há virgens.”

Com estas palavras, a deputada do PSD Emília Cerqueira tentou desviar a atenção e mudar de assunto quando o Parlamento lhe levantou a imunidade parlamentar para ser julgada por ter falsificado, segundo a própria confessa, embora alegue distracção, a presença na Assembleia da República de um colega deputado do PSD.

Parece que está mais interessada em divagar do que em pedir desculpa.

Gente desta é eleita pelos portugueses para ser deputada. Deviam ir estudar a origem da imunidade parlamentar ao Império Romano onde esta figura jurídica foi criada para proteger os representantes do povo, Tribunos da Plebe, da perseguição das oligarquias e ricos. Era para defender os que defendiam o povo.

Então a mulher vem afirmar na Assembleia da República, onde presumivelmente fala em nome do povo, que no Alto Minho não há virgens? Nem as crianças?, pergunto eu.

Se eu fosse deputado, que graças a Deus não sou, e se eu fosse do Alto Minho, o que não sou, ter-me-ia levantado quando a já arguida proferiu aquele impropério de cariz marcadamente pedófilo e teria gritado qualquer coisa como:

- Cala-te meretriz!

Graças a Deus não sou deputado, porque ainda haveria de ser eu o condenado e não ela, que de maneira ultrajante insultou as crianças e jovens do Alto Minho e todas as pessoas virgens do Alto Minho.

Para ter deputadas destas, mais vale não ter deputadas.

Esta reflexão tem por origem esta notícia: