sábado, 20 de julho de 2019

Virgens, pedófilas e meretrizes


“Desculpem a expressão, mas sou do Alto Minho, uma terra onde não há virgens.”

Com estas palavras, a deputada do PSD Emília Cerqueira tentou desviar a atenção e mudar de assunto quando o Parlamento lhe levantou a imunidade parlamentar para ser julgada por ter falsificado, segundo a própria confessa, embora alegue distracção, a presença na Assembleia da República de um colega deputado do PSD.

Parece que está mais interessada em divagar do que em pedir desculpa.

Gente desta é eleita pelos portugueses para ser deputada. Deviam ir estudar a origem da imunidade parlamentar ao Império Romano onde esta figura jurídica foi criada para proteger os representantes do povo, Tribunos da Plebe, da perseguição das oligarquias e ricos. Era para defender os que defendiam o povo.

Então a mulher vem afirmar na Assembleia da República, onde presumivelmente fala em nome do povo, que no Alto Minho não há virgens? Nem as crianças?, pergunto eu.

Se eu fosse deputado, que graças a Deus não sou, e se eu fosse do Alto Minho, o que não sou, ter-me-ia levantado quando a já arguida proferiu aquele impropério de cariz marcadamente pedófilo e teria gritado qualquer coisa como:

- Cala-te meretriz!

Graças a Deus não sou deputado, porque ainda haveria de ser eu o condenado e não ela, que de maneira ultrajante insultou as crianças e jovens do Alto Minho e todas as pessoas virgens do Alto Minho.

Para ter deputadas destas, mais vale não ter deputadas.

Esta reflexão tem por origem esta notícia: 

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