“Desculpem a expressão, mas sou do Alto Minho, uma terra
onde não há virgens.”
Com estas palavras, a deputada do PSD Emília Cerqueira
tentou desviar a atenção e mudar de assunto quando o Parlamento lhe levantou a
imunidade parlamentar para ser julgada por ter falsificado, segundo a própria
confessa, embora alegue distracção, a presença na Assembleia da República de um
colega deputado do PSD.
Parece que está mais interessada em divagar do que em pedir
desculpa.
Gente desta é eleita pelos portugueses para ser deputada. Deviam
ir estudar a origem da imunidade parlamentar ao Império Romano onde esta figura
jurídica foi criada para proteger os representantes do povo, Tribunos da Plebe,
da perseguição das oligarquias e ricos. Era para defender os que defendiam o
povo.
Então a mulher vem afirmar na Assembleia da República, onde
presumivelmente fala em nome do povo, que no Alto Minho não há virgens? Nem as
crianças?, pergunto eu.
Se eu fosse deputado, que graças a Deus não sou, e se eu
fosse do Alto Minho, o que não sou, ter-me-ia levantado quando a já arguida
proferiu aquele impropério de cariz marcadamente pedófilo e teria gritado
qualquer coisa como:
- Cala-te meretriz!
Graças a Deus não sou deputado, porque ainda haveria de ser
eu o condenado e não ela, que de maneira ultrajante insultou as crianças e jovens
do Alto Minho e todas as pessoas virgens do Alto Minho.
Para ter deputadas destas, mais vale não ter deputadas.
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