Não tem sentido falar em tolerância com homossexuais, pretos
ou outros. Tolera-se um erro, por isso se fala em tolerância zero, que é não
mais erros. As pessoas diferentes são simplesmente pessoas. Diferentes.
A não aceitação de pessoas diferentes conduz a diversas
situações.
- Se os cristãos rejeitam os judeus, então rejeitam Jesus,
Maria, José, Pedro e Apóstolos
- Se os nazis rejeitam gente de baixo carácter, aperto de
mão frouxo, frustradas desde a infância, então rejeitam Hitler
Está na moda acusar de homofóbicas as pessoas que se sentem
incomodadas com a homossexualidade ou na presença de conversas ou atitudes
homossexuais. Chamam-lhes intolerantes. Quando afinal os que as agridem
chamando-lhes esses nomes e tentando segrega-las é que são intolerantes,
xenófobos.
Quantas vezes me aconteceu já discordar ou discutir com
alguém diferente de mim, cigano, homossexual ou negro. Da mesma forma que
discordo ou discuto com uma pessoa com quem partilho cultura, religião, cor de
pele. Acontece que com o diferente de mim, tudo se resolve quando o outro me
chama racista, homofóbico, machista, ou o que lhe convier para defender o seu
ponto de vista. Neste século XXI, estamos a afundar-nos nesta cilada,
desonesta, mas bem montada.
Já lá vai o tempo em que a ofensa não ultrapassava o chamar
benfiquista ou sportinguista ao outro.
Eu serei tolerante, quanto possível, para uma pessoa que
mente, que rouba, que transgride e prejudica os outros. Serei tolerante com a
sua falta.
Com um canceroso, um paralítico, um chinês, uma mulher, um
homossexual, eu não posso ser, nem tenho que ser tolerante. A pessoa não
prevaricou, nada há a perdoar, nada há a tolerar.
Caso diferente será se essa pessoa pretender inverter os
critérios da nossa sociedade, como apresentar a pedofilia como normal ou a
monogamia como conceito a abater.
Orlando de Carvalho
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