sexta-feira, 1 de junho de 2018

Abençoado fumo que mata


Tomo o café na pastelaria habitual e com a companheira do costume.
Numa mesa em frente está uma vizinha com três crianças, uma de 5 anos e dois bebés. Uma cena bonita, claro está.
Quando terminam, saem e sentam-se na esplanada. Aí, a lei já permite que se fume.
A mulher, com o bebé ao colo, e muito junto da outra criança que tem no colo o outro bebé, começa a fumar em grande estilo expelindo longas e deliciosas nuvens de fumo em hélices de bonito efeito. Na direcção da cara das três crianças.
Dentro não se fuma porque a lei proíbe, lá fora… até se pode usar a boca e o nariz de crianças e bebés como esgoto. Com a bênção de duvidosas deputadas da República.


Orlando de Carvalho

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