Está a causar mal-estar
entre os voluntários da Cruz Vermelha Belga a ordem que receberam para remover
todas as cruzes e crucifixos que se encontrem nas suas instalações a fim de não
ofenderem ateus, muçulmanos e pessoas de outras religiões, provavelmente também
maçónicos, com a exibição de tão ofensivo símbolo.
Não se sabe se a própria
cruz que dá o nome à organização “Cruz Vermelha”
será mandada remover do símbolo da organização.
Provavelmente existe a
intenção de mudar o nome da organização para o que ela tem nos países
muçulmanos: Crescente Vermelho.
Vem a propósito um artigo
que publicámos em Setembro de 2015
A Europa é de Cristo
Cristo nasceu na margem oriental do Mar Mediterrâneo e aí morreu
crucificado sob o Império Romano. Num curto espaço de tempo, aquela Cruz, em
que O inocente fora suspenso, espalhou-se, do Calvário, à sede do Império e por
todo o mundo onde chegaram as estradas romanas, e mais, para o Oriente, para
África, para todo o lado.
A Europa
fundamenta-se, passados dois mil anos, no Direito Romano, na organização
administrativa e política romana, na organização social prescrita na Torah e no
Evangelho de Jesus.
A opção europeia
está bem patente na Revolução Francesa que, contestando a Igreja, vem
re-proclamar a Liberdade, Igualdade e Fraternidade que, não obstante serem já
uma herança do Antigo Testamento, são bandeira de Cristo e da Igreja, onde
necessariamente os teóricos da Revolução as beberam, por não existir outra
fonte alternativa.
Só o Evangelho
proclama a igualdade entre senhor e escravo.
É verdade que nem
sempre os cristãos, de modo especial aqueles que mais responsáveis deviam
mostrar-se em relação à preservação dos ensinamentos evangélicos, respeitaram
esses princípios, tendo-os deturpado muitas vezes em seu proveito. Mas é essa a
lógica cristã: reconhecer a fraqueza humana e edificar a pessoa, numa tentativa
de a elevar até à dimensão divina.
Passado tanto
tempo, tantas modificações às fronteiras na Europa, tantas revoluções e
guerras, tantos movimentos filosóficos ou humanitários, tantos movimentos e
tendências artísticas, a Cruz está em cada esquina, em cada rua, em cada museu,
em cada edifício, em cada rio, em cada colina, em cada vale, em cada obra
artística ou literária; honrada, dignificada, venerada e algumas vezes também
maltratada. Como maltratado foi e é o seu Senhor, embora seja honrado, louvado
e adorado.
A Cruz não
passou, não passa e não passará porque são cada vez mais aqueles que se
ajoelham diante dela, embora, por vezes, o façam apenas com uma inclinação do
pescoço ou com uma reverência mental e imperceptível aos olhos dos outros.
É esta vergonha
da cruz que tanto está na moda, embora a continuemos a venerar, que é preciso
ultrapassar, como tantas vezes tem sido ultrapassada, ao longo da História.
Pessoas com dificuldade em compreender o Amor e a Paz como modo de vida, como
único modo de vida, pessoas com dificuldade em acreditar na Eternidade sem a
terem visto antecipadamente, pessoas a quem a vida faz sentir frustradas, vêm
publicitando que a Cruz não é salvação nem sinal de salvação e, numa tentativa
de ultrapassarem a sua ignorância da Vida e frustração por não serem Deus,
procuram humilhar e envergonhar os adoradores da Cruz de Cristo. Os que
permanecem fiéis de modo mais pleno devem então alentar os outros, uma vez que
a Cruz veio para ficar e nós seremos mais felizes se vivermos com ela que
afrontando-a.
Os cruzeiros nos
caminhos, os cumes das igrejas e de outras casas, tantos sinais que nos
recordam a Cruz, através de outras cruzes que nos exibem diariamente. É a
Europa. Embora seja um sinal cada vez mais frequente por todo o mundo, em boa
parte como consequência da missionação e encontro de culturas que os
portugueses realizam e promovem desde o século XV.
A cruz é
oficialmente adoptada e proclamada como coisa mais solene na maioria dos países
europeus. Isso enfurece alguns adversários da Cruz (pode alguém ser adversário
da própria Vida e Salvação Eterna?) que se esforçam por a remover. Quem pode
lutar contra Deus? Quem?
A cruz é símbolo
de Estado na maioria das nações europeias. Está presente na bandeira de
Espanha, encimando o brasão de armas.
A cruz figura na
bandeira do Reino Unido, que é composta pelas bandeira da Escócia, da
Inglaterra e da Irlanda, sendo que cada uma destas também é composta por uma
cruz. A cruz de Santo André foi adoptada para bandeira da Escócia, a cruz de S.
Jorge, como bandeira de Inglaterra e a cruz de S. Patrício, como bandeira da
irlanda.
A Irlanda do
Norte não tem bandeira oficial desde 1972, mas, por exemplo, nos eventos
desportivos, continua a usar a sua bandeira, onde está representada a Cruz.
A Noruega tem na
sua bandeira uma cruz azul sobre outra banca e o seu brasão de armas é encimado
pela cruz.
A bandeira da
Suécia consiste numa cruz amarela sobre fundo azul e várias cruzes surgem no
seu brasão de armas.
A bandeira da
Dinamarca consiste numa cruz branca sobre fundo vermelho e no seu brasão de
armas surge também a cruz.
Uma cruz azul em
fundo branco surge na bandeira da Finlândia.
A cruz branca em
fundo vermelho é o modo pela qual a Suíça de faz representar tanto na bandeira
como no brasão de armas da federação helvética.
A Rússia, após
muitas décadas de obscurantismo comunista, voltou a usar a sua antiga bandeira
e o brasão de armas, este com a particularidade de ostentar quatro vezes a Cruz
de Cristo.
No brasão de
armas da República Checa, formado por brasões de regiões que a compõem surge a
cruz no brasão da Baixa Silésia.
A bandeira e o
brasão de armas da Eslováquia afirmam a vocação desta nação pela representação
de uma cruz patriarcal.
O brasão de armas
da Hungria ostenta duas cruzes: uma cruz patriarcal e a cruz de Santo André.
No brasão de
armas da Roménia, uma águia dourada segura no bico uma cruz também dourada.
Também o brasão
de armas da Bulgária é encimado por uma cruz.
Tanto a bandeira
como o brasão de armas da Grécia são coloridos apenas de branco e azul e ambos
exibem a mesma cruz, embora de modo diferente.
O brasão de armas
da Holanda é encimado pela cruz, tanto na versão usada pelo monarca como na do
governo.
A cruz está
patente no brasão de armas da Bélgica.
Encontramos a
cruz duplamente presente no brasão do grão-ducado do Luxemburgo.
O principado do
Mónaco, além de ostentar a cruz no brasão de armas, tem lá inscrita a sigla Deo Juvante (com a ajuda
de Deus).
De igual modo a
bandeira e o brasão de armas do Liechtenstein exibem a cruz.
No escudo da
Lituânia vemos a cruz patriarcal.
A Moldávia e S.
Marino exibem nos respectivos brasões de armas a cruz, que também fica presente
nas suas bandeiras onde os brasões são reproduzidos. A mesma situação se repete
em relação a Malta.
No brasão de
armas do Montenegro, a cruz surge três vezes, as mesmas que na bandeira, onde o
brasão é reproduzido.
A Sérvia tem a
cruz na bandeira e por duas vezes representada no brasão de armas.
Uma cruz vermelha
sobre outra cruz branca é vista na bandeira e no brasão de armas da Islândia.
Cruzes da
heráldica portuguesa são apresentadas na bandeira e no brasão dos Açores, num
gesto pleno de significado que faz a cruz encher a Europa do extremo mais
oriental ao mais ocidental, da Rússia aos Açores.
A região autónoma
da Madeira também reproduz cruzes da heráldica portuguesa, tanto na bandeira,
como no brasão de armas.
Como seria
natural, o Vaticano tem a Cruz de Cristo nos seus símbolos de Estado.
A bandeira da
União Europeia, a bandeira da Europa, não tem a cruz de modo muito evidente,
nem os minoritários, mas muito barulhentos, movimentos ditos ateus, pagãos,
agnósticos, etc. teriam consentido, perturbando o viver das pessoas comuns,
simples e normais, com ofensas e turbulências. Assim, o artista autor desta
bandeira, Arsène Heitz, francês, desenhou sob fundo azul, a cor de Nossa
Senhora, as doze estrelas referidas em Apocalipse 12,1 que os fiéis interpretam
como sendo a auréola da Mãe de Jesus Cristo, Maria. A bandeira foi inicialmente
adoptada pelo Conselho da Europa no dia em que a Igreja celebra a solenidade da
Imaculada Conceição da Virgem Maria, 8 de Dezembro de 1955. Embora tenha sido
negada qualquer ligação entre o sentido bíblico e a bandeira, por dirigentes do
Conselho da Europa, esta instituição ofereceu um vitral representando a Virgem
Maria, coroada com as 12 estrelas à Catedral de Estrsburgo, obra realizada pelo
artista Max Ingrand.
Não é apenas a
nível de estado que a cruz é mostrada. Como exemplo de algo muito popular entre
pessoas de todos os estratos culturais e étnicos, podemos pensar nas bandeiras
do Futebol Club do Porto, do Clube de Futebol Os Belenenses, do Real Madrid
Club de Fútbol, do Barcelona Futebol Club, ou da Associazione Calcio Milan,
entre tantas, tantas entidades.
Não sejamos
levados a pensar que, por a cruz não estar representada nas bandeiras de clubes
como o Sporting ou o Benfica, estes clubes não são formados por filhos da Cruz,
ou que cidadãos de países como a Itália ou a França não têm os mesmos
sentimentos europeus em relação à Cruz de Cristo!
A cruz surge de
muitos modos e com variados aspectos. E Portugal é Terra da Santa Cruz. Quem
são hoje os mais conhecidos portugueses no mundo? Cristiano Ronaldo, o melhor
futebolista do mundo, faz tantas vezes o sinal da cruz ao entrar ou sair do
campo de jogo. José Mourinho, o treinador Special One, afirma que costuma ler a
Bíblia antes dos jogos em que as suas equipas participam. Santo António de
Lisboa e Nossa Senhora de Fátima (acho que a podemos considerar portuguesa),
eis aqueles que por estes anos devem ser os mais internacionais portugueses, e
conhecidos em toda a superfície terrestre.
Nos cemitérios
europeus, uma cruz costuma assinalar o local em que cada corpo é depositado,
num gesto de esperança de que aquela vida esteja já junto dAquele que foi
suspenso na Cruz.
A Cruz Vermelha
Internacional nasceu para socorro das pessoas vítimas de guerra e rapidamente
alargou o seu âmbito, sendo o seu símbolo, ‘uma Cruz vermelha sobre fundo
branco’ sinal de paz e de misericórdia que ultrapassou as fronteiras da fé
cristã e da Europa, sendo usada também pelos muçulmanos que a usam, tendo
substituído a Cruz pelo símbolo da sua fé, o crescente.
Finalmente,
olhemos a bandeira de Portugal, onde os cinco escudos formam a cruz e onde
figura o brasão de armas que transitou da monarquia para a república.
A cruz não é da
direita ou da esquerda políticas, não pertence aos conservadores ou aos
progressistas, não sobressai mais em estados mais antigos ou nos mais modernos,
quase nem tão pouco é exclusivo da Igreja. Na Europa, a Cruz é património comum
dos europeus.
Orlando de
Carvalho
Bandeira e brasão de Espanha
Bandeira de S. Patrício, Irlanda
Bandeira da Irlanda do Norte
Bandeira e Brasão da Noruega
Bandeira e Brasão da Suécia
Bandeira e Brasão da Dinamarca
Bandeira da Finlândia
Bandeira e Brasão da Suíça
Brasão da Rússia
Brasão da República Checa
Bandeira e Brasão da Eslováquia
Brasões da Hungria, Roménia e Bulgária
Bandeira e Brasão da Grécia
Brasões da Monarquia e do Governo da Holanda
Brasões da Bélgica, Luxemburgo e Mónaco
Bandeira e Brasão do Liechtenstein
Brasão da Lituânia
Bandeira e Brasão da Moldávia
Bandeira e Brasão do Montenegro
Bandeira e Brasão de S. Marino
Bandeira e Brasão da Sérvia
Bandeira e Brasão da Islândia
Bandeira e Brasão de Malta
Bandeira e Brasão dos Açores
Bandeira e Brasão da Madeira
Bandeira e Brasão do Vaticano
Bandeira da Europa
Vitral da Catedral de Estrasburgo
Brasões do Futebol Clube do Porto e do Clube de Futebol Os Belenenses
Brasões dos clubes Real Madrid, Barcelona e AC Milan
Bandeira da República Portuguesa
Bandeira da Monarquia Portuguesa
Sem comentários:
Enviar um comentário