quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Cruz Vermelha poderá passar a Crescente Vermelho na Bélgica?




Está a causar mal-estar entre os voluntários da Cruz Vermelha Belga a ordem que receberam para remover todas as cruzes e crucifixos que se encontrem nas suas instalações a fim de não ofenderem ateus, muçulmanos e pessoas de outras religiões, provavelmente também maçónicos, com a exibição de tão ofensivo símbolo.
Não se sabe se a própria cruz que dá o nome à organização “Cruz Vermelha” será mandada remover do símbolo da organização.
Provavelmente existe a intenção de mudar o nome da organização para o que ela tem nos países muçulmanos: Crescente Vermelho.

Vem a propósito um artigo que publicámos em Setembro de 2015


A Europa é de Cristo


Cristo nasceu na margem oriental do Mar Mediterrâneo e aí morreu crucificado sob o Império Romano. Num curto espaço de tempo, aquela Cruz, em que O inocente fora suspenso, espalhou-se, do Calvário, à sede do Império e por todo o mundo onde chegaram as estradas romanas, e mais, para o Oriente, para África, para todo o lado.
A Europa fundamenta-se, passados dois mil anos, no Direito Romano, na organização administrativa e política romana, na organização social prescrita na Torah e no Evangelho de Jesus.
A opção europeia está bem patente na Revolução Francesa que, contestando a Igreja, vem re-proclamar a Liberdade, Igualdade e Fraternidade que, não obstante serem já uma herança do Antigo Testamento, são bandeira de Cristo e da Igreja, onde necessariamente os teóricos da Revolução as beberam, por não existir outra fonte alternativa.
Só o Evangelho proclama a igualdade entre senhor e escravo.
É verdade que nem sempre os cristãos, de modo especial aqueles que mais responsáveis deviam mostrar-se em relação à preservação dos ensinamentos evangélicos, respeitaram esses princípios, tendo-os deturpado muitas vezes em seu proveito. Mas é essa a lógica cristã: reconhecer a fraqueza humana e edificar a pessoa, numa tentativa de a elevar até à dimensão divina.
Passado tanto tempo, tantas modificações às fronteiras na Europa, tantas revoluções e guerras, tantos movimentos filosóficos ou humanitários, tantos movimentos e tendências artísticas, a Cruz está em cada esquina, em cada rua, em cada museu, em cada edifício, em cada rio, em cada colina, em cada vale, em cada obra artística ou literária; honrada, dignificada, venerada e algumas vezes também maltratada. Como maltratado foi e é o seu Senhor, embora seja honrado, louvado e adorado.
A Cruz não passou, não passa e não passará porque são cada vez mais aqueles que se ajoelham diante dela, embora, por vezes, o façam apenas com uma inclinação do pescoço ou com uma reverência mental e imperceptível aos olhos dos outros.
É esta vergonha da cruz que tanto está na moda, embora a continuemos a venerar, que é preciso ultrapassar, como tantas vezes tem sido ultrapassada, ao longo da História. Pessoas com dificuldade em compreender o Amor e a Paz como modo de vida, como único modo de vida, pessoas com dificuldade em acreditar na Eternidade sem a terem visto antecipadamente, pessoas a quem a vida faz sentir frustradas, vêm publicitando que a Cruz não é salvação nem sinal de salvação e, numa tentativa de ultrapassarem a sua ignorância da Vida e frustração por não serem Deus, procuram humilhar e envergonhar os adoradores da Cruz de Cristo. Os que permanecem fiéis de modo mais pleno devem então alentar os outros, uma vez que a Cruz veio para ficar e nós seremos mais felizes se vivermos com ela que afrontando-a.
Os cruzeiros nos caminhos, os cumes das igrejas e de outras casas, tantos sinais que nos recordam a Cruz, através de outras cruzes que nos exibem diariamente. É a Europa. Embora seja um sinal cada vez mais frequente por todo o mundo, em boa parte como consequência da missionação e encontro de culturas que os portugueses realizam e promovem desde o século XV.
A cruz é oficialmente adoptada e proclamada como coisa mais solene na maioria dos países europeus. Isso enfurece alguns adversários da Cruz (pode alguém ser adversário da própria Vida e Salvação Eterna?) que se esforçam por a remover. Quem pode lutar contra Deus? Quem?

A cruz é símbolo de Estado na maioria das nações europeias. Está presente na bandeira de Espanha, encimando o brasão de armas.
A cruz figura na bandeira do Reino Unido, que é composta pelas bandeira da Escócia, da Inglaterra e da Irlanda, sendo que cada uma destas também é composta por uma cruz. A cruz de Santo André foi adoptada para bandeira da Escócia, a cruz de S. Jorge, como bandeira de Inglaterra e a cruz de S. Patrício, como bandeira da irlanda.
A Irlanda do Norte não tem bandeira oficial desde 1972, mas, por exemplo, nos eventos desportivos, continua a usar a sua bandeira, onde está representada a Cruz.
A Noruega tem na sua bandeira uma cruz azul sobre outra banca e o seu brasão de armas é encimado pela cruz.
A bandeira da Suécia consiste numa cruz amarela sobre fundo azul e várias cruzes surgem no seu brasão de armas.
A bandeira da Dinamarca consiste numa cruz branca sobre fundo vermelho e no seu brasão de armas surge também a cruz.
Uma cruz azul em fundo branco surge na bandeira da Finlândia.
A cruz branca em fundo vermelho é o modo pela qual a Suíça de faz representar tanto na bandeira como no brasão de armas da federação helvética.
A Rússia, após muitas décadas de obscurantismo comunista, voltou a usar a sua antiga bandeira e o brasão de armas, este com a particularidade de ostentar quatro vezes a Cruz de Cristo.
No brasão de armas da República Checa, formado por brasões de regiões que a compõem surge a cruz no brasão da Baixa Silésia.
A bandeira e o brasão de armas da Eslováquia afirmam a vocação desta nação pela representação de uma cruz patriarcal.
O brasão de armas da Hungria ostenta duas cruzes: uma cruz patriarcal e a cruz de Santo André.
No brasão de armas da Roménia, uma águia dourada segura no bico uma cruz também dourada.
Também o brasão de armas da Bulgária é encimado por uma cruz.
Tanto a bandeira como o brasão de armas da Grécia são coloridos apenas de branco e azul e ambos exibem a mesma cruz, embora de modo diferente.
O brasão de armas da Holanda é encimado pela cruz, tanto na versão usada pelo monarca como na do governo.
A cruz está patente no brasão de armas da Bélgica.
Encontramos a cruz duplamente presente no brasão do grão-ducado do Luxemburgo.
O principado do Mónaco, além de ostentar a cruz no brasão de armas, tem lá inscrita a sigla Deo Juvante (com a ajuda de Deus).
De igual modo a bandeira e o brasão de armas do Liechtenstein exibem a cruz.
No escudo da Lituânia vemos a cruz patriarcal.
A Moldávia e S. Marino exibem nos respectivos brasões de armas a cruz, que também fica presente nas suas bandeiras onde os brasões são reproduzidos. A mesma situação se repete em relação a Malta.
No brasão de armas do Montenegro, a cruz surge três vezes, as mesmas que na bandeira, onde o brasão é reproduzido.
A Sérvia tem a cruz na bandeira e por duas vezes representada no brasão de armas.
Uma cruz vermelha sobre outra cruz branca é vista na bandeira e no brasão de armas da Islândia.
Cruzes da heráldica portuguesa são apresentadas na bandeira e no brasão dos Açores, num gesto pleno de significado que faz a cruz encher a Europa do extremo mais oriental ao mais ocidental, da Rússia aos Açores.
A região autónoma da Madeira também reproduz cruzes da heráldica portuguesa, tanto na bandeira, como no brasão de armas.
Como seria natural, o Vaticano tem a Cruz de Cristo nos seus símbolos de Estado.
A bandeira da União Europeia, a bandeira da Europa, não tem a cruz de modo muito evidente, nem os minoritários, mas muito barulhentos, movimentos ditos ateus, pagãos, agnósticos, etc. teriam consentido, perturbando o viver das pessoas comuns, simples e normais, com ofensas e turbulências. Assim, o artista autor desta bandeira, Arsène Heitz, francês, desenhou sob fundo azul, a cor de Nossa Senhora, as doze estrelas referidas em Apocalipse 12,1 que os fiéis interpretam como sendo a auréola da Mãe de Jesus Cristo, Maria. A bandeira foi inicialmente adoptada pelo Conselho da Europa no dia em que a Igreja celebra a solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria, 8 de Dezembro de 1955. Embora tenha sido negada qualquer ligação entre o sentido bíblico e a bandeira, por dirigentes do Conselho da Europa, esta instituição ofereceu um vitral representando a Virgem Maria, coroada com as 12 estrelas à Catedral de Estrsburgo, obra realizada pelo artista Max Ingrand.
Não é apenas a nível de estado que a cruz é mostrada. Como exemplo de algo muito popular entre pessoas de todos os estratos culturais e étnicos, podemos pensar nas bandeiras do Futebol Club do Porto, do Clube de Futebol Os Belenenses, do Real Madrid Club de Fútbol, do Barcelona Futebol Club, ou da Associazione Calcio Milan, entre tantas, tantas entidades.

Não sejamos levados a pensar que, por a cruz não estar representada nas bandeiras de clubes como o Sporting ou o Benfica, estes clubes não são formados por filhos da Cruz, ou que cidadãos de países como a Itália ou a França não têm os mesmos sentimentos europeus em relação à Cruz de Cristo!
A cruz surge de muitos modos e com variados aspectos. E Portugal é Terra da Santa Cruz. Quem são hoje os mais conhecidos portugueses no mundo? Cristiano Ronaldo, o melhor futebolista do mundo, faz tantas vezes o sinal da cruz ao entrar ou sair do campo de jogo. José Mourinho, o treinador Special One, afirma que costuma ler a Bíblia antes dos jogos em que as suas equipas participam. Santo António de Lisboa e Nossa Senhora de Fátima (acho que a podemos considerar portuguesa), eis aqueles que por estes anos devem ser os mais internacionais portugueses, e conhecidos em toda a superfície terrestre.
Nos cemitérios europeus, uma cruz costuma assinalar o local em que cada corpo é depositado, num gesto de esperança de que aquela vida esteja já junto dAquele que foi suspenso na Cruz.
A Cruz Vermelha Internacional nasceu para socorro das pessoas vítimas de guerra e rapidamente alargou o seu âmbito, sendo o seu símbolo, ‘uma Cruz vermelha sobre fundo branco’ sinal de paz e de misericórdia que ultrapassou as fronteiras da fé cristã e da Europa, sendo usada também pelos muçulmanos que a usam, tendo substituído a Cruz pelo símbolo da sua fé, o crescente.
Finalmente, olhemos a bandeira de Portugal, onde os cinco escudos formam a cruz e onde figura o brasão de armas que transitou da monarquia para a república.
A cruz não é da direita ou da esquerda políticas, não pertence aos conservadores ou aos progressistas, não sobressai mais em estados mais antigos ou nos mais modernos, quase nem tão pouco é exclusivo da Igreja. Na Europa, a Cruz é património comum dos europeus.

Orlando de Carvalho


Bandeira e brasão de Espanha











 Bandeira de S. Patrício, Irlanda
 





Bandeira da Irlanda do Norte


 Bandeira e Brasão da Noruega


Bandeira e Brasão da Suécia

Bandeira e Brasão da Dinamarca

Bandeira da Finlândia

Bandeira e Brasão da Suíça

Brasão da Rússia

Brasão da República Checa

Bandeira e Brasão da Eslováquia

Brasões da Hungria, Roménia e Bulgária

Bandeira e Brasão da Grécia

Brasões da Monarquia e do Governo da Holanda

Brasões da Bélgica, Luxemburgo e Mónaco

Bandeira e Brasão do Liechtenstein

Brasão da Lituânia

Bandeira e Brasão da Moldávia

Bandeira e Brasão do Montenegro

Bandeira e Brasão de S. Marino

Bandeira e Brasão da Sérvia

Bandeira e Brasão da Islândia

Bandeira e Brasão de Malta

Bandeira e Brasão dos Açores

Bandeira e Brasão da Madeira

Bandeira e Brasão do Vaticano

Bandeira da Europa

Vitral da Catedral de Estrasburgo

Brasões do Futebol Clube do Porto e do Clube de Futebol Os Belenenses

Brasões dos clubes Real Madrid, Barcelona e AC Milan

Bandeira da República Portuguesa

Bandeira da Monarquia Portuguesa








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