sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Mariano Rajoy vomita erros e mais erros





Em conferência de imprensa, Mariano Rajoy afirmou:
- É absurdo pretender ser presidente de uma região vivendo no estrangeiro e ainda mais absurdo pretender exercer essas funções a partir do estrangeiro.

O primeiro-ministro espanhol assemelha-se aos sucessivos presidentes americanos que fazem alarde público da sua ignorância acerca de Geografia, História e demais aspectos da cultura geral tão bem conceituado entre os europeus.

Mas olhemos um pouco mais atrás. 
Na província canadiana do Quebeque, onde existia uma maioria de cerca de 80% de população de ascendência francesa e falando esta língua existia um forte movimento pela independência.
Em 24 de Julho de 1967, o Presidente da República Francesa, Charles De Gaulle, visitava oficialmente o Canadá a propósito da Exposição Universal de 1967 em Montreal. Nesse dia, De Gaulle, dirigiu-se a uma grande multidão, maioritariamente de cultura francesa.
- Vive Montréal! Vive le Québec! 
- Vive le Québec libre! Vive, vive, vive le Canada français! Et vive la France!
Dois anos depois o francês foi reconhecido como língua oficial no Quebeque.
Um Plebiscito teria lugar em 1980 e a maioria da população do Quebeque, de língua francesa, votou pela permanência dentro do Canadá. Em 1995, em nova votação a população voltou a manifestar-se pela continuação em integrar o Canadá.
Do mesmo modo, em 18 de Setembro de 2014, os escoceses se manifestaram através de um referendo pela permanência dentro do Reino Unido, contra o forte movimento independentista.
Em Espanha, Mariano Rajoy, à boa maneira que Castela evidenciou ao longo da História, enfrentou a questão do referendo enviando a polícia de choque contra a população.
A Catalunha, a Espanha, a União Europeia vivem momentos preocupantes porque Rajoy é afinal um verdadeiro herdeiro da Castela imperialista.
Sobre a afirmação absolutamente obsoleta de Raroy, a que nos referimos no início, recordamos alguns factos históricos.

O Ayatollah Ruhollah Khomeini dirigiu com sucesso a queda do Xá da Pérsia, a partir de Paris, voltando ao seu país para tomar posse política em 1979.

O Dalai Lama é recebido em todo o mundo como dirigente do Tibete, mas deixou de residir em Lhasa desde 1959 para evitar o aniquilamento do Tibete quando os comunistas chineses assassinassem o seu dirigente político e espiritual.

Com mais dignidade do que muitos detractores querem fazer crer, D. João VI abandonou Lisboa e a Europa em 1807. Desta forma, se manifestou a besta napoleónica acerca deste golpe estratégico do monarca português:
- Le roi le plus stupide d'Europe, le seul capable de me battre!

Finalmente recordamos o general Charles De Gaulle que se refugiou em Londres de onde dirigiu a resistência - a França livre - contra os invasores alemães. 




Enfim, Rajoy oferece de mão beijada a vitória total a Carles Puigdemont

A Europa pode viver em paz, se os dirigentes políticos forem pessoas inteligentes e amantes da paz.

Orlando de Carvalho

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